segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

50 anos de cineclubismo em Torres Novas


Cineclube de Torres Novas

Cineclube de Torres Novas assinala 50 anos de existência promovendo 50 iniciativas, num programa que arranca no próximo dia 16 com a exibição do filme “Aurora”, num ambiente que levará os espectadores a recuar no tempo.

~"Este filme, de 1927, considerado um dos melhores de sempre, era musicado ao vivo e nós vamos fazer a exibição com a presença de seis músicos que vão tocar a banda sonora levando as pessoas a recuar no tempo", disse Nuno Guedelha, presidente do Cineclube de Torres Novas, à Lusa.
O espectáculo, agendado para a noite de dia 16 no Teatro Virgínia, vai ter em palco a Orquestra Laúdano (Luís Pedro Madeira, Luís Formiga, Luís Oliveira, Luís Rodrigues, Jorge Campos e Daniel Tapadinhas), enquanto no ecrã é exibido o primeiro filme, de cinema mudo, dirigido na América pelo realizador alemão F. W. Murnau.
Além da projecção semanal de filmes fora do circuito comercial, na linha da tradição do cineclube, a programação dos 50 anos inclui duas mostras de cinema, uma italiana (a decorrer durante uma semana em Maio) e outra japonesa (uma semana em Setembro, inserida nas comemorações dos 150 anos do Tratado de Amizade Portugal/Japão).
De Junho a Setembro, o Cineclube vai promover a projecção de filmes ao ar livre, num ecrã de seis por três metros colocado dentro das muralhas do castelo de Torres Novas, "num ambiente com toda a história que o lugar transmite", disse Nuno Guedelha, sublinhando que esta iniciativa se vai inserir na programação de Verão do concelho, a que se juntam outras associações.
O Cineclube de Torres Novas vai ainda promover duas sessões por trimestre em que uma figura pública é convidada a escolher o filme da sua vida, pretexto para uma conversa e um serão de música e poesia que remetam para o filme escolhido.
Nuno Guedelha sublinhou que em 50 anos de vida o Cineclube de Torres Novas viveu períodos "muito difíceis, sobretudo com o aparecimento da televisão, como aconteceu um pouco por todo o país", mas tem vindo a crescer significativamente nos últimos 12 anos, contando actualmente com perto de 500 sócios.
"Numa terra com a dimensão de Torres Novas revela a dinâmica forte do Cineclube", afirmou.
Outro sinal de vitalidade é a presença de elementos do Cineclube de Torres Novas em outras instituições, como é, por exemplo, o caso da Federação Portuguesa de Cineclubes, de que detém a presidência da direcção e da assembleia-geral, ou da Confederação Portuguesa de Colectividades e da União de Colectividades de Torres Novas.
Além da exibição regular de filmes, o Cineclube de Torres Novas promove formação em cinema e vídeo, uma iniciativa que desembocou na produção de curtas-metragens.
Segundo Nuno Guedelha, o Cineclube de Torres Novas produziu já 12 curtas-metragens, umas resultantes das acções de formação e outras de apoio a produtores que os procuraram, tendo três participado em festivais nacionais e internacionais.

Noticia retirada de Hardmusica

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